Império Entrevista: Cacau Ricci, o bicampeão da P2

Império Entrevista: Cacau Ricci, o bicampeão da P2

27/02/2023

 

Bicampeão a bordo do protótipo MCR Grand-Am, Claudio Ricci vem com novidades para a temporada 2023 do Império Endurance Brasil. Ao lado do seu parceiro Fernando Poeta, com quem levou o título da categoria P2 em 2021 e 2022, Cacau - como é conhecido nas pistas - vai migrar para a P1 a bordo de uma Ligier que deve chegar ao Brasil nas próximas semanas.

 

A novidade é uma das revelações que Cacau Ricci, personagem do Império Entrevista desta semana, fez durante o bate papo com nosso repórter Bruno Império. O piloto também falou sobre o título do GT Brasil de 2009, a vitória nas Mil Milhas de 2002 e sobre a Stock Car, categoria que até hoje deixa Cacau “engasgado”.

 

Confira a entrevista: 
 

Quando falamos em pilotos de corridas de Endurance no Brasil, o seu nome é sempre lembrado como um dos maiores apaixonados por este formato de prova. O que te encanta nas provas de longas duração?

Logo que deixei o kart, comecei a disputar provas de endurance. Passei pela fórmula Chevrolet, pela Copa Uno, mas logo comecei a disputar corridas de longa duração e me apaixonei. Já disputei quase 20 provas de 12 horas, várias de seis horas, algumas Mil Milhas… E o que me encanta neste formato são as possibilidades de estratégia, o trabalho direto com os mecânicos para buscar o melhor acerto do carro e diminuir o desgaste e a troca que você tem com seus parceiros de pilotagem.

 

Entre as mais de 200 corridas que você já disputou, qual foi a prova de longa duração que mais te marcou e por quê? 

Sem dúvida foram várias corridas, mas uma que me marcou demais foram as mil milhas brasileiras de 2002. Estava competindo com um AS Vectra na categoria P2 ao lado do Otavio Mesquita e da Letícia Zanette, que tinha começado comigo no kart e tinha 16 para 17 anos na época. 

Era a fase de ouro das Mil Milhas Brasileiras. O grid tinha mais de 70 carros. Nós vencemos na P2 e ficamos em segundo lugar da Geral, atrás apenas de uma Porsche 911 que era guiada pelo Raul Boesel, pelo Regis Schuch e o Flávio Trindade.

 

Lembro que, somado todos os meus stints, guiei por mais de seis horas. Foi um grande trabalho de equipe, nossa estratégia deu certo e essa conquista foi, sem dúvida, um dos grandes feitos da minha carreira

 

Você traz no seu currículo 23 provas de Stock Car. Começou a fazer algumas provas por lá no início dos anos 2000 e chegou a fazer uma temporada completa em 2010. Como foi acompanhar de perto essa fase da categoria que ficou marcada pelo início da profissionalização da Stock Car? 

A Stock Car é uma categoria que eu tenho um pouco engasgada, na verdade. Apesar de ter feito alguns bons treinos, boas classificações, nunca tive um pódio ou uma vitória.

 

Competi na Stock em uma época de muita transição, de fato. E naquela época tínhamos apenas duas equipes fortes que dominavam a categoria, não tínhamos duas corridas como é hoje, os carros não eram tecnicamente tão iguais como são hoje e era muito difícil você, com uma equipe de orçamento menor, fazer frente aos times mais fortes.

 

A Stock Car evoluiu muito desde então, mas com certeza ficou um “gostinho de quero mais” por nunca ter alcançado um grande resultado nos anos que tive oportunidade de competir. 

 

Outro ponto alto da sua carreira é o título da extinta GT Brasil. Em 2009, dividindo uma Ferrari com o Rafael Derani, você superou duplas que contavam com pilotos profissionais como Daniel Serra, Allam Khodair, Ricardo Maurício, Thiago Camilo e outros. Me conta um pouco sobre aquele campeonato. Você considera este um dos grandes feitos da sua carreira?

Em 2009 eu fui o piloto que mais provas competiu no GT Brasil e ainda estava competindo na Europa com Ferrari, então eu estava muito afinado com o carro. Eu literalmente vesti aquele carro e por isso conseguia um desempenho superior aos profissionais, inclusive superior ao Allam Khodair, por exemplo, que também competia de Ferrari naquele ano. 

 

O Rafael também era um parceiro excepcional e fazia a diferença. Nossa equipe era muito bem montada, com engenheiros de qualidade, e tivemos um carro bastante equilibrado e rápido em todas as etapas.

 

Acredito que, por conta dos carros envolvidos e pelo nível dos demais pilotos do grid, este foi um dos pontos altos da minha carreira em termos de títulos. Mas eu considero outros momentos como pontos altos, como a minha estreia de GT na Europa, na República Tcheca, onde conquistei a pole competindo contra mais de 40 carros em uma pista que eu não conhecia. 

 

E teve a minha estreia também no Brasileiro de Marcas, em 2011. Eu fui competir uma prova no Velopark a bordo do Ford Focus, que era uma marca que não estava conseguindo bons resultados naquele campeonato. A competição já estava na metade, era a quarta etapa do calendário, e eu venci a segunda corrida daquele final de semana emplacando a volta mais rápida. 

 

Foi a primeira vitória do Ford naquela temporada. E, mais uma vez, acelerando contra grandes nomes da Stock Car, como Daniel Serra, Khodair, Átila Abreu, Ricardo Maurício, Valdeno Brito e outros.

 

Como é a experiência de acelerar o MCR Grand-Am, um dos carros mais clássicos do Império Endurance Brasil? 

Eu tenho um carinho enorme por esse carro. Ele é um carro muito “chegador”, tem bastante durabilidade. Além disso, competir com o Fernando Poeta, que além de um amigo é um cara que me ajudou e me deu diversas oportunidades na carreira, é algo extraordinário. Eu aprendo muito com ele e ele comigo. Essa troca é muito importante. 

 

Mas falando sobre o carro, de fato, ele é fantástico. Um carro que foi construído entre 2014 e 2015, muito competitivo para a categoria P2 e confortável de guiar. 

 

Depois do bicampeonato na categoria P2, quais os seus planos para a temporada 2023 do Império Endurance Brasil?

Vem novidade para a temporada 2023. Eu e o Poeta vamos migrar para a categoria P1. Vamos competir a bordo de um Ligier que está chegando no Brasil e nosso objetivo é fazer um grande campeonato. 

 

Nossa equipe, a FTR, faz um grande trabalho e é muito afinada. A Ligier estreou no Império Endurance Brasil este ano com o Guilherme Bottura e o Gaetano Di Mauro e mostrou que é um carro muito competitivo também. Então tudo isso nos deixa cheio de confiança para esta temporada.

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